Seria pois a vaidade que a chamava a varanda, vestida dos mais belos panos e um lenço lhe compondo o cabelo. Tia Hortência era solteira e não se lhe conhecia história. Nenhum homem cabeceara em seu travesseiro. Nunca nenhum homem conseguiu visto de entrada em seu coração. Ela estava na varanda como o povo sempre a conhecera: de alma intransitável, sem estacionamento. As íntimas riquezas da solteirona ficariam para quem?? A vila se interrogava - não tivesse ela andanças, mas ao menos valesse heranças
Mia Couto.
Sinto que serei uma Hortência, se já não sou.
1 !:
Não diga que será Mia, ainda há de viver muitos amores e paixões não escritas. Beijos.
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