Era uma vez um menino que colecionava disquete. Ele dizia que era apaixonado pela memória e que tinha certeza que morreria com Alzeiheimer, já que esquecia das coisas com muitas facilidade.
Para ele o Museu da Pessoa é o mais bonito que já foi feito, mais bonito que o Louvre ou Met. Ele chorou quando eu lhe contei que Gabo estava demente e não pode mais escrever. . Aí entramos naquela velha história de que os gregos antigos não tinham medo da morte e sim do esquecimento... a velha conversa entre Aquiles e sua mãe... e coisas assim.
Ele me disse: "não tem nada mais triste que o esquecimento. Lembrar é a coisa mais bonita do mundo e pra mim, os disquetes são a memória em forma de hai-kai. Um jeito bonito de poetizar as lembranças... num sei."
O menino tem 14.183 disquetes e continua juntando mais.
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