Como toda a tarde de quarta feira, lá está ele, sentado displicentemente na poltrona lendo Huxley. Você não sabe o nome dele, apenas que ler Aldous Huxley e os escritores russos e que quando sai da biblioteca vai para a natação.
Você já imaginou várias vezes puxar conversar com ele sobre algum livro, ou fingir que também faz natação... Até que um dia ele percebesse que você é o amor da vida dele. Violinos tocariam ao fundo e ele te beijaria e a menina que sempre ler Agatha Christie do outro lado da biblioteca diria que sabia daquilo desde o começo. Mas isso é fantasia.
A menina loira que o beijou na saída ontem impede tudo. Sua consciência (ela existe? Perguntaria Skinner) impede tudo aquilo. Mas você continua sonhando. O sonho não tem limite algum. O limite só existe na realidade...
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