Primeira viagem de avião. Que chatice o saguão com aquelas moças dando avisos indecifráveis. E aí a aeronave! Procurar assento e descobrir que não é na janela (persudir alguém e mudar pra janela!). O inglês feio da aeromoça é tão diferente do bonito dos filmes... E a decolagem. Primeiro a cidade ficando cada vez menor. A curva do rio. "É uma maquete não?!". E aí o grande barato de tudo: as nuvens. Lindas, simples, tão leves. Confundindo nossas cabeças. Como pode esse algodão doce branco suspenso nessa imensidão azul?.
Nuvem é sempre nuvem. Não importa o jeito, o tamanho ou a cor. Estrela é chata. Tem hierarquia como nas Forças Armadas, sempre tem uma mais importante; uma nova, uma cadente. Nuvem é nuvem. E nos desconcerta pela sua simplicidade. Limita-se a flutuar e armazenar água. Tolstói disse que a simplicidade é a máxima sofisticação. Suspeito que ele olhava pra céu quando chegou a essa conclusão.
Lá embaixo deixo pra trás uma imensidão verde (a caatinga fica verde vista daqui!). Aqui em cima ao meu lado as nuvens brincam, serelepes, faceiras, delicadas e agora minhas companheiras de viagem.
Texto escrito há meses atrás.
As agendas guardadas segredam tantas coisas miúdas...!
As agendas guardadas segredam tantas coisas miúdas...!
1 !:
E muito lindo esse aqui também. As nuvens sempre são lindas, não importa o tamanho, nem a cor.
Bjws"
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