16.7.12

eu me sinto um estrangeiro

Hoje acordei querendo (mais do que nunca) o céu.
Lewis foi tão preciso ao dizer que se eu encontrar em mim desejos que nada neste mundo pode satisfazer, eu só posso concluir que eu não fui feita para este lugar. E é isso. Nasci aqui, mas meu coração não está nas coisas que pertencem a este mundo. Como Aravis, que era calormana, mas tinha um coração narniano. Porque quando a gente aceita que o mal se espalhe, sucumbimos junto com ele. Quando a gente se conforma com as alegrias minguadas que o mundo oferece, se arrepende feio. Quem não lembra quando Edmundo se entregou ao Manjar Turco de Jadis e depois acabou numa prisão de gelo? Ou Suzana, que por se deixar envolver pela vaidade, não foi para o País de Aslam? Tudo o que possamos conquistar aqui é passageiro. Tudo fica. Tudo vai ser consumido pela traça. Tudo é corruptível. O sacrifício na Mesa de Pedra não foi em vão. E um dia, quando a noite cair sobre o mundo, todo olho verá a majestade do Filho do Imperador-de-Além-Mar. Ah, se eu tivesse a mesma chance de Ripchip! Eu nem pensaria duas vezes. Não hesitaria um segundo sequer. Mergulharia de todo naquela onda. 
Pela juba do Leão!! Nada poderia ser mais perfeito.


Retirado do perfeito blog É Primavera, da Luci.

Luci, isso nunca seria um devaneio. É uma verdade eterna.

Ailma Barros,
mais de mil perguntas sem resposta, muito prazer!

 
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