O trabalho do historiador não tem mais como resultado final a apresentação de um objeto desvelado em todos os seus segredos, mostrado em todos os seus contornos sedutores, mas se torna trabalho paciente de desmontagem, apresentando no final a dispersão das peças que entraram na composição do engenho histórico. O objeto é despedaçado em seus contornos definidos, para retornar ao indefinido, abrindo a possibilidade de um novo vir a ser.
A História é experiência que se troca com o passado, para melhor distanciá-lo, para que nós possamos ser cada vez mais estranhos a estas vozes e seres que se enunciam do antanho, mais estranhos a nós mesmos.
Durval Muniz de Albuquerque Jr.
0 !:
Postar um comentário